quarta-feira, 24 de março de 2010

O mundo em que vivemos!!...


Era uma vez uns cientistas que acordaram de manhã e resolveram enriquecer às custas de inventarem um vírus. Decidiram chamar-lhe H1N1, gripe “A” para os amigos. Montaram uma bela estratégia de marketing, conseguiram assustar toda a gente e fazer gastar dinheiros públicos não só em vacinas como em gel para as mãos, desinfectantes anti bacterianos e uma série de outras coisas que vieram por arrasto.
Parece um filme de ficção, não é?
Agora chegam os efeitos colaterais desta história.
Hoje foi-nos comunicado pelo agrupamento que a Junta de Freguesia de Oliveira do Douro enviou um fax a informar que a verba disponível para materiais de higiene e limpeza da nossa escola estava esgotada.
- Sim, e depois??... Pergunta-mos nós.
Quer dizer que daqui até ao final do ano lectivo não temos produtos de limpeza, papel higiénico, vassouras…
Ou seja devido à gripe “A” os cuidados de higiene na escola foram redobrados e com isso esgotada a verba para gerir o stock. Ao que constatámos não estamos isolados pois as outras escolas do 1º ciclo da nossa freguesia também estão na mesma situação.
- Sim e depois??... Perguntamos nós – Quando alguma obra pública foge em milhões de euros do orçamento inicial não fica por acabar, pois não?
Mas afinal de quem é a culpa? E qual é a solução?
Vivemos num país que quer construir TGV, aeroportos, proporciona computadores Magalhães às crianças, equipam a escola com quadros interactivos, dão os livros escolares e o mais básico fica de fora.
Mas como é que as nossas crianças se vão limpar? Com as páginas dos livros que já foram lidas?
Não brinquem connosco!!...

sábado, 20 de março de 2010

O professor segundo Jô Soares


O professor segundo Jô Soares

"É jovem, não tem experiência.
É velho, está superado.
Não tem automóvel, é um pobre coitado.
Tem automóvel, chora de "barriga cheia".
Fala em voz alta, vive gritando.
Fala em tom normal, ninguém escuta.
Não falta ao colégio, é um "Adesivo".
Precisa faltar, é um "turista".
Conversa com os outros professores, está "malhando" nos alunos.
Não conversa, é um desligado.
Dá muita matéria, não tem dó do aluno.
Dá pouca matéria, não prepara os alunos.
Brinca com a turma, é metido a engraçado.
Não brinca com a turma, é um chato.
Chama a atenção, é um grosso.
Não chama a atenção, não se sabe impor.
A prova é longa, não dá tempo.
A prova é curta, tira as hipóteses do aluno.
Escreve muito, não explica.
Explica muito, o caderno não tem nada.
Fala correctamente, ninguém entende.
Fala a "língua" do aluno, não tem vocabulário.
Exige, é rude.
Elogia, é debochado.
O aluno é retido, é perseguição.
O aluno é aprovado, deitou "água-benta".
É! O professor está sempre errado, mas, se conseguiu ler até aqui, agradeça a ele."

Nós queremos sempre o melhor para os nossos filhos, mas o professor perfeito ou o super professor não existe. O que existe são homens e mulheres que como todos nós são humanos, pessoas que erram, pessoas que embora tenham frequentado faculdades, realizado formação, preparado aulas, são humanos e não têm solução para tudo e estratégias perfeitas para todos os alunos, pois cada aluno é um ser com necessidades diferentes, com habilidades diferentes, com culturas e educação diferentes. Enquanto a nossa preocupação for olhar para os outros sem olhar para nós nunca iremos alcançar o sucesso desejado. Vamos cumprir cada um de nós com a sua tarefa, nós com a de pais e os professores com a sua. Mas como vivemos numa democracia quando tiver alguma questão que o/a esteja a preocupar, coloque-a com toda a transparência ao professor que estou certo que ele vai fazer o seu melhor...

sábado, 6 de março de 2010

Bullying - como podemos ajudar a prevenir



A Elsa Vieira mãe de um aluno da nossa escola escreveu-nos:

"Sou mãe de um aluno da escola EB1 da Gervide e decidi partilhar este vídeo que está no Youtube. Acho que o tema é sempre bastante actual e considero mesmo que há necessidade de chamar a atenção de todos para este problema. O meu filho tanto quanto sei não é vítima, mas quem sabe, todos podem ser potenciais vítimas, se não agora, quem sabe, talvez no futuro. Não sei se acham interessante para colocar no blog da Associação de Pais, mas de alguma forma chama a atenção de quem o consulta para este problema. Seria até um tema interessante para ser abordado por um(a) psicólogo(a) num debate com os pais, discutir possíveis sinais, a interacção pais/filhos no que toca ao assunto, medidas de intervenção, etc... Deixo aqui esta ideia."

O Bullying sempre existiu e todos nós já fomos vítimas dele, já o praticámos ou compactuamos com alguém que o praticou.
Cabe a todos nós trabalharmos os nossos filhos a dois níveis:
Ter respeito por todos os seres humanos independentemente da sua condição, raça ou fé.
A criar defesas contra aqueles que praticam o Bullying.

Para que as nossas crianças aprendam a respeitar o próximo não basta dizer-lhes que o devem fazer, é preciso que os pais o façam. Grande parte das aprendizagens que os nossos filhos fazem são por “modelagem”, ou seja eles vão copiar os modelos pelos quais têm admiração. Se os pais gozam com uma raça, se chamam gordo ao vizinho, se maltratam animais… todos os exemplos vão ser seguidos pelos filhos mesmo a longo prazo. Pais que abandonam os avôs das crianças tendem a ser pais abandonados mais tarde. Não podemos atribuir à escola o dever da educação sem que em casa seja feito o esforço de sermos bons modelos. De nada serve por exemplo ensinar as crianças a não deitar o lixo para o chão se o Pai atira o maço de tabaco pela janela do carro.

Para as crianças criarem defesas ao Bullying não é preciso aprenderem artes marciais. Quem já não ouviu as crónicas do Nuno Markl? Durante a sua vida de estudante foi repetidamente vítima de Bullying e hoje faz disso anedota. Sobreviveu porque provavelmente teve um bom suporte familiar. Quem nunca teve o amigo a quem chamava “Gordo” e que nunca se importou com isso?
As crianças devem ter a sua auto-estima reforçada para sobreviverem a estes ataques. O problema muitas vezes já vem de casa quando nós Pais lhes tecemos mais críticas do que elogios. “És sempre o mesmo, nunca vais ser ninguém na vida” é um exemplo que por vezes é usado pelos Pais para atacarem os filhos. Este e outros vão penetrando na formação da criança deixando-a vulnerável e sem grandes defesas para os ataques na escola. A criança fica convencida que é um caso perdido, o que a pode levar a dar passos que por vezes são irreversíveis. Por outro uma criança que tenha a sua auto-estima reforçada, que em casa a elogiem pelos seus feitos e a apoiem nas suas fraquezas sabe criar melhor as defesas a esses ataques pois está bem com ela e sabe que a atitude daquele colega é uma atitude isolada e que não é a opinião generalizada das pessoas que a rodeiam. Geralmente é a criança que é insultada e não liga, passando por cima e fazendo que os seus agressores a abandonem em busca de um ser mais vulnerável.

A prevenção é sempre a melhor estratégia, vamos exteriorizar o amor que sentimos pelos os nossos filhos que só faz bem a todos…

Obrigado Elsa Vieira.

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