sábado, 20 de março de 2010

O professor segundo Jô Soares


O professor segundo Jô Soares

"É jovem, não tem experiência.
É velho, está superado.
Não tem automóvel, é um pobre coitado.
Tem automóvel, chora de "barriga cheia".
Fala em voz alta, vive gritando.
Fala em tom normal, ninguém escuta.
Não falta ao colégio, é um "Adesivo".
Precisa faltar, é um "turista".
Conversa com os outros professores, está "malhando" nos alunos.
Não conversa, é um desligado.
Dá muita matéria, não tem dó do aluno.
Dá pouca matéria, não prepara os alunos.
Brinca com a turma, é metido a engraçado.
Não brinca com a turma, é um chato.
Chama a atenção, é um grosso.
Não chama a atenção, não se sabe impor.
A prova é longa, não dá tempo.
A prova é curta, tira as hipóteses do aluno.
Escreve muito, não explica.
Explica muito, o caderno não tem nada.
Fala correctamente, ninguém entende.
Fala a "língua" do aluno, não tem vocabulário.
Exige, é rude.
Elogia, é debochado.
O aluno é retido, é perseguição.
O aluno é aprovado, deitou "água-benta".
É! O professor está sempre errado, mas, se conseguiu ler até aqui, agradeça a ele."

Nós queremos sempre o melhor para os nossos filhos, mas o professor perfeito ou o super professor não existe. O que existe são homens e mulheres que como todos nós são humanos, pessoas que erram, pessoas que embora tenham frequentado faculdades, realizado formação, preparado aulas, são humanos e não têm solução para tudo e estratégias perfeitas para todos os alunos, pois cada aluno é um ser com necessidades diferentes, com habilidades diferentes, com culturas e educação diferentes. Enquanto a nossa preocupação for olhar para os outros sem olhar para nós nunca iremos alcançar o sucesso desejado. Vamos cumprir cada um de nós com a sua tarefa, nós com a de pais e os professores com a sua. Mas como vivemos numa democracia quando tiver alguma questão que o/a esteja a preocupar, coloque-a com toda a transparência ao professor que estou certo que ele vai fazer o seu melhor...

1 comentário:

  1. Como pais devemos saber acompanhar a vida escolar dos nossos filhos , de forma a que eles sintam que tudo o que acontece na escola, seja dentro ou fora da sala de aula, seja durante o período de aulas com a professora ou numa AEC, é importante. Uma conversa ao chegar a casa, algumas questões sobre as actividades que fizeram durante o dia mostra que, primeiro nos preocupamos com eles, segundo que queremos estar envolvidos no dia-a-dia dos nossos filhos. Nem sempre é fácil estabelecer o diálogo, mas ele é fundamental porque é neste período da vida das crianças que devemos incentiva-las a partilhar, a criar laços de confiança com os pais. Se calhar nem sempre vamos obter as respostas que desejavamos, se calhar vamos ouvir apenas pedaços de acontecimentos que nem sempre correspondem à verdade, mas devemos dialogar, mostrar interesse e, se possível, aconselhar os nossos filhos. Os pais têm o dever de educar, os professores têm o dever de ensinar e de preparar os nossos filhos para o futuro e para os enúmeros desafios que os esperam. Se pais e professores trabalharem em conjunto e dialogarem o futuro dos nossos filhos será, seguramente, mais sorridente. Esse diálogo deverá acontecer com alguma frequência e os problemas e dúvidas deverão ser colocados de forma a que possam ser evitadas situações que dificultem o processo de ensino-aprendizagem e que criem constrangimentos a ambas as partes. Os professores são seres humanos que tentam desenvolver o seu trabalho visando o desenvolvimento e aquisição de conhecimentos das crianças.Fazem-no porque essa é a sua função. Os pais devem acompanhar e ajudar os professores nessa tarefa tão digna e fundamental para qualquer ser humano...

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