Muitas são as queixas que ouvimos dos sucessivos governos sobre médicos, polícias, professores e outros grupos profissionais. É um fenómeno que todos conhecemos como "dividir para reinar" e que é muito usado pela classe política seja qual for a cor...
Enquanto o povo perde tempo a insultar quem lhes salva as vidas, quem os protege, quem ensina os seus filhos muitas vezes fazendo omeletas sem os ovos que lhes prometeramr, os "safadotes" vão governando as suas vidas e reinando lá nos seus poleiros.
Não quer isto dizer que não existam maus profissionais em todas as áreas, são pessoas que ali foram parar sem vocação para as tarefas e que se agarram de unhas e dentes aos seus empregos sem procurar algo onde se poderiam sentir realizados e serem realmente produtivos para a sociedade. Mas são poucos e são mais aqueles que estão nestas profissões porque acreditam (até um dia) que têm algo a dar à sociedade.
Até agora a culpa do ensino era dos professores, mas afinal parece que pode ser cultural ou genético... pelo menos a julgar pelos dados fornecidos pelo jornal O Público em http://www.publico.pt/Educa%C3%A7%C3%A3o/abandono-escolar-acompanha-portugueses-no-luxemburgo_1416339
O artigo não é de agora mas se quiserem dar uma leitura poderão ver que segundo os resultados, o problema pode estar no acompanhamento dado em casa.
Está provado que a relação que os pais têm com a escola, não só tem repercussões no comportamento e aproveitamento dos alunos mas também na representação que estes constroem de cidadania e nas suas relações sociais.
A escola não está isenta de culpas mas não são os professores que fazem e desfazem os currículos a seu belo prazer. Os professores tentam fazer o seu melhor mesmo sabendo por vezes que o que estão a "vender" não é o melhor para os seus alunos.
Hoje, o esforço que a sociedade nos pede é demais e por vezes o tempo escasseia para acompanhar os nossos filhos, mas também sabemos que por vezes não é assim.
Como diz Sérgio Godinho em vez de andarmos "a fazer manguitos ao irmão do outro lado e a gritar, estamos quites, lixaste-me, estás lixado" devíamos estar mais "unidos como as uvas estão no cacho"...só ganhávamos todos...