sábado, 26 de março de 2011

Dragão e a Princesa


O Dragão e a Princesa

No dia 22 e 23 de Março tivemos na nossa escola uma acção promovida pela Cercigaia.
A Cercigaia é uma instituição que presta apoio a crianças e jovens portadores de deficiência e um dos seus objectivos é promoção do trabalho destas pessoas.
O workshop é realizado pelos jovens da instituição e consiste na animação da hora do conto com a "História do Dragão e da Princesa". Uma conto que aborda a inclusão e os conceitos de solidariedade cada vez mais importantes hoje em dia.
Este livro tem a particularidade de ter sido ilustrado pela Marta Sampaio, uma jovem da instituição que sendo vítima de uma Paralisia Cerebral não a impediu de realizar este trabalho verdadeiramente fantástico.
Foi verdadeiramente espectacular a participação dos alunos. De olhos arregalados escutaram e participaram no debate sobre a inclusão das pessoas portadoras de deficiência na sociedade e sobre o poder da vontade humana. Pois mesmo com limitações, quando queremos todos nós conseguimos mover montanhas.

Aqui ficam os testemunhos de alguns jovens da instituição:

“Eu gostei muito de conviver com os meninos da Escola EB1 de Gervide. Senti-me contente e realizada quando eles disseram que gostaram dos meus desenhos.

Foram todos muito simpáticos e atenciosos, os alunos, os professores e os funcionários.” (Marta Sampaio)

“Eu hoje fui para a Escola EB1 de Gervide contar a história do “Dragão e da Princesa” que foi ilustrada pela minha colega Marta. Nós fomos muito bem recebidos, os alunos estiveram muito atentos e também nos contaram histórias, outros fizeram desenhos muito bonitos.

A comida estava muito boa.” (Vânia Castro)


O Livro encontra-se na nossa escola para aquisição e tem um custo de 5€.
O lucro desta iniciativa destina-se exclusivamente à Cercigaia.

sexta-feira, 11 de março de 2011

Afinal DJ demit-se


Já diz o ditado "Quem te manda a ti sapateiro tocar rabecão"...
É verdade, não bastava ser um DJ amador, como tinha que meter crianças ao "barulho" para complicar ainda mais aquilo que já por si é complexo que é agradar às massas.
Para quem já passou música sabe do que falo, pois se o público não está a gostar rapidamente temos que procurar outras alternativas, tudo piora quando se está a trabalhar em simultâneo com crianças e principalmente quando se descobre que a música que o público quer não está no reportório que seleccionamos. Mas tudo isto já foi explicado anteriormente no blog e por isso não vou perder mais tempo.
As críticas sempre soube aceitar e ser humilde o suficiente para pedir desculpa como já o fiz. Simplesmente não quero que esta mancha me persiga e que continuem a olhar para mim como se tivesse arruinado intencionalmente a Festa de Carnaval dos Pais da Gervide e que misturem este triste incidente com a minha função dentro da associação.
Está a exagerar pensam alguns. Isso é porque não sentiram os olhares e os pedidos ou exigências menos delicadas que alguns fizeram no dia da festa enquanto tentava fazer o meu melhor e os comentários nos dias seguintes.
O que me leva a pensar - Mas que raio estou aqui a fazer?... Hoje é a música, amanhã é a cor da tinta que escolhemos para pintar algo e outras se seguirão pois quanto mais visibilidade tem o nosso trabalho maiores e mais duras serão as críticas.
Afinal sou aprendiz, porque é muito curta a minha experiência prática enquanto presidente da associação, sou voluntário, o quer dizer que não posso trabalhar a tempo inteiro logo tem que ser no tempo disponível que por vezes deveria ser dedicado à família e acima de tudo sou humano e os humanos erram.
É exactamente aqui que tudo se complica pois se por um erro quase nos crucificam, outros viriam a seguir, pois só erra quem faz.
Isto leva-nos à sensação de andar num trapézio sem rede, se cairmos iremos certamente sair lesionados e essa pressão pode fazer com que se caia mais depressa ou que não se arrisque para atingir o outro lado com medo de cair.
O que racionalmente me leva a pedir a minha demissão da associação.
A saúde não tem preço, principalmente a saúde mental, como o ordenado era baixo e as "pancadinhas nas costas" estavam a ser demasiado fortes, fica por aqui a minha experiência.
A minha ausência não se vai notar (a não ser nas festas em que a música vai melhorar) pois a equipa que fica dará bem conta do recado conforme tem dado provas disso até ao momento.
Mas lembrem-se que também eles são aprendizes, voluntários e humanos... merecem o nosso respeito.
Resta-me agradecer a todos aqueles que nos apoiaram e que vão certamente continuar a apoiar a actual associação e em especial à Coordenadora Amélia pois tudo fez para ajudar a concretizar os nossos sonhos.

Atentamente

Luís Baião

quarta-feira, 9 de março de 2011

Um pedido de desculpas aos Avós


“A festa de Carnaval esteve muito bonita, com as nossa crianças todas felizes, mas a Música esteve infeliz, Música de discoteca para crianças????? NÂO, músicas alegres para a idade deles. O DJ, para a próxima terá que ser outro, este não teve sensibilidade para por Música de crianças, esta á a minha opinião, de resto tudo muito bem, aproveito para dar os parabéns á Associação pelo belo trabalho que fizeram.”

A crítica feita por um avô à música da festa de Carnaval fez-nos reflectir e tal como qualquer crítica deve ser alvo de reflexão.
De facto cometemos um erro grave que foi esquecer-nos dos Avós.
Quem esteve na festa reparou que não havia um DJ mas sim os DJ KiDS que é um projecto embrionário desenvolvido por filhos e pais voluntários da nossa escola. Sendo a primeira vez que nos iríamos meter numa aventura destas a motivação de fundo seria meter música da altura dos pais (anos 70, 80, 90) e dos filhos, algumas delas reeditadas hoje com uma nova roupagem, fórmula que teve sucesso (ainda sem DJ KIDS) no festival Gourmet que realizamos anteriormente, já agora que era Carnaval teríamos também algum samba à mistura.
Para isso realizamos um workshop para pais e filhos publicitado no nosso blog, aberto a quem nele quisesse participar, as crianças escolheram e passaram algumas músicas do seu gosto e nesse curto espaço de tempo criámos a playlist do que iríamos passar na festa.
Falha nossa, pois focámo-nos nos gostos das crianças e dos pais que estavam presentes e não contemplamos os ritmos dos avós ou de outros que não são tão adeptos da música comercial.
Quando estávamos na festa reparámos que embora as pessoas até estivessem a dançar algumas vinham manifestar o seu desagrado e pedir para colocar música de baile, algo que nós não tínhamos, e como não tínhamos não podíamos passar.
Realmente com um universo tão rico de música popular portuguesa foi uma pena não nos ter ocorrido, mas é o que acontece a quem é amador e voluntário.
Penso que o DJ para a próxima não terá que ser outro como refere o nosso estimado avô mas poderá ter outro. Ou seja, embora os DJ KIDS já estejam formados estão abertos à participação não só de filhos e pais como dos avós e seria grande orgulho para nós poder contar com a presença de um. Por isso, porque não entrar para o grupo?
Mas atenção prepare-se pois mesmo sendo voluntário as críticas por vezes são muito duras.
E já gora para não ficarem a pensar que correu assim tão mal, durante a festa foram feitos os primeiros contactos por uma mãe e professora a convidar os DJ KIDS para passarem música numa festa da sua escola. É sinal que para a primeira vez não estivemos assim tão mal…
Aqui fica o nosso pedido de desculpas e uma pequena brinacadeira em http://www.youtube.com/watch?v=Dzy3JxOJupM&feature=fvwrel
Quem sabe também somos notícia?
Basta ter espírito KIDS.